terça-feira, 6 de janeiro de 2009

FESTA DE ENCERRAMENTO DO PAULISTA 2008

À partir de agora você pode conferir a temporada 2009 em:
XCampeonato 2009

Fotos da FESTA DE ENCERRAMENTO DO XCAMPEONATO 2008 no Casa Geraldo em Andradas-MG
FESTA

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

ENTREVISTA COM O CAMPEÃO DA TEMPORADA 2008


Ronaldo, este ano você tornou-se campeão do XCampeonato Paulista. Como foi depois de dois anos na “trave”, conseguir essa conquista?
Sempre gostei de fazer grandes distâncias voando, isso alem de me dar grande prazer faz com cada vez mais eu aprenda a voar sozinho dependendo somente de mim e das condições de vôo. Portanto sempre tive o objetivo de ganhar esse tipo de campeonato. No ano passado o Ferro teve maior dedicação no XC e acabou levando. Ele é um piloto que alem de voar muito bem as provas de velocidade voa também muito bem as provas de distâncias. Esse ano ele não teve “alvará” para fazer muitos vôos de distância aí acabei levando.

Quem então foi seu principal adversário ?
Meu maior adversário nesse ano foi a condição de vôo. A maior parte dos vôos marcados foi em condições fracas, não fiz nenhum vôo do XC em condições boas.

Em 2007 usávamos a fórmula de 3 voos por piloto, em 2008 optamos por colocar 5 voos, qual sua análise sobre a mudança?
Acho melhor 3 vôos, pois a maioria dos pilotos não conseguem fazer 5 vôos com mais de 100 km no ano. Por mim poderia continuar os 5 vôos.

Estamos estudando algumas mudanças nas regras:
1- 3 voos por piloto
Acho legal essa de três vôos em locais diferentes, incentiva a galera a voar em outros locais não só em Andradas e Atibaia.
2- Resultado do XCampeonato válido para o Ranking Paulista
Acho isso legal é uma forma de incentivar mais os pilotos a participarem do XC.

Que asa você está usando atualmente ?
Estou voando com a Lite speed 5-S, é uma asa pro meu tamanho e muito boa de comando. Adoro ela.


Algo mais a dizer aos pilotos ?
Gostaria de chamar a galera para voar grandes distâncias em 2009. Quem quizer nos acompanhar é só ligar. E também agradecer a todos os participantes do XC principalmente ao Indiana pela forma que organizou esse evento.

Isso aí Ronaldão, valeu pelo esforço e por participar do nosso campeonato! Ótimos voos na temporada 2009!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Marcelo Ferro - Relatos de voos de XC

No sábado (25/10/08) à tarde o Joca me ligou fazendo o convite para irmos voar em Torrinha no dia seguinte. Como a previsão era de vento noroeste forte, e eu estava mesmo a fim de fazer um longo vôo de cross, aceitei o convite. Partimos logo cedo, Joca, eu e o Ricardo Gaucho em direção a São Pedro para capturar o César Arede que seria o nosso resgate.
Passando Campinas o vento não estava como gostaríamos, vinha de nordeste e o céu estava com uma fina camada de nuvens muito altas que não permitiam que o sol atingisse o solo com toda sua potência. Fizemos um pequeno briefing para decidirmos o que faríamos dali para frente, seguiríamos como planejado ou rumaríamos para Andradas. A decisão foi tomada rapidamente e seguimos o plano original ( ainda bem ! ).
Chegamos a São Pedro, pegamos o Arede e seguimos para a famosa, mas desconhecida por mim, Torrinha. Chegando lá, algumas asas já estavam montadas e sem perder tempo fomos logo preparando nossos brinquedos. O Joca com sua Atos VR, Gaucho também de Atos e eu com minha Litespeed RS 4. O céu continuava com aquela cobertura alta de nuvens, mas o calor era intenso e o noroeste já mostrava seu potencial na cara da rampa, lembrando bastante o vento que sopra nas rampas da Bahia. Com a asa já montada era nítida a melhora que estava ocorrendo no céu. Alguns cúmulos já eram avistados, mas, infelizmente não na rota do vôo. O Amarildo foi um dos primeiros a decolar e ganhou altura rapidamente. Esperei mais alguns minutos aguardando um pequeno grupo de uns quatro ou cinco cúmulos se aproximarem, e fui para a rampa. Decolei tranquilo apesar do vento forte e fui logo chupado para dentro de uma térmica fortíssima que não me deixou sequer fechar o zíper do bullet antes de me colocar bem alto, numa posição bastante confortável para um início de vôo. O Gaucho veio na cola enquanto o Joca terminava de preparar seu equipamento. Eu e o Gaucho íamos ganhando altura e derivando bastante em direção a Santa Maria, na rota escolhida, mas a visão que tínhamos era de um céu bastante “leitoso” e com formações de cúmulos muito distantes, que não daria para chegar sem antes passar pelo azul. Então fomos voando sem acelerar muito, procurando um bom LD para atravessar aquela condição, perdendo o mínimo de altura possível. O visual era fantástico, com o Rio Tietê à direita e a serra de São Pedro a nossa esquerda. Com a seta do gps apontando a direção a ser seguida Atibaia, mirei Piracicaba e fui embora. Nessas alturas eu já havia perdido contato visual com o Gaucho e o rádio dele estava uma porcaria, então segui em vôo solo mesmo. Cheguei a Piracicaba com pouca altura e já mirando alguns pousos antes da cidade. Aí me veio a cabeça que eu havia nascido ali e seria uma puta sacanagem meu vôo morrer justamente naquela cidade. Concentrei-me bastante, avistei uns urubús no meio da cidade com uns fiapos de nuvens se formando, opção única. Joguei pra lá e piriri, cisca daqui, cisca dali, derivando com o vento, deixa rolar, mas nada de achar o miolo. Pronto, já passei por cima da cidade e do outro lado é só pouso, então vou derivando, derivando..., já que estou indo na direção certa, tudo bem, deixa rolar. De repente avistei vários urubús as “dez horas” e, beleza, arredondou, fui bem alto e quando me dei conta eu já tinha Campinas no meu campo de visão. Estiquei a marcha e, fui, com o gps marcando por volta de 90 km/h de média, o vôo rendia muito e muita terra ia ficando para trás. Foi nesse momento que me veio a cabeça que, se as coisas continuassem daquele jeito, Atibaia talvez fosse possível. Mas para isso eu teria que me concentrar ainda mais e não poderia cometer nenhum erro.
Cheguei a Campinas numa situação um pouco melhor do que havia chegado a Piracicaba e usei a mesma técnica para encontrar a termal: joga pra cima da cidade, procura os urubús, paciência para ganhar a maior altura possível. Tudo como planejado, olho pro altímetro que marca 3500 metros asl. Caraca! Tô alto pacas e com esse vento me empurrando vamo que vamo ! Ainda tinha as cidades de Itatiba e Jarinú pela frente antes de Atibaia. O variômetro indicava que eu chegaria no Flamboyant com 120 metros de altura. Eu nem via Atibaia e faltavam ainda 50km mas estava no topo da termal e então resolvi prosseguir viagem, não acreditava ainda . Estico a marcha naquele ponto de melhor planeio e, usando a mesma técnica de jogar sobre as cidades para ganhar altura, vou para cima de Itatiba, mas ao contrário das outras, não bombou. O negócio então é seguir em frente. O planeio é sensacional e a velocidade em relação ao solo de 90km/h. O variômetro vai ficando cada vez mais positivo em relação ao gol, 150, 180, 200, 250 metros acima do pouso ele indica a altura de aproximação. Show ! Agora tenho certeza que chego a Atibaia, na pior das hipóteses, pouso no aeroporto que fica uns 5km antes do pouso oficial. Também tem cerveja gelada ! Deixo o aeroporto para trás, passo por cima do pouso às 15:52hs com 3:21 hs de vôo desde a decolagem. Avisto uns urubús no forninho e, não custa nada, vamos tentar ganhar a Pedra Grande e passar sobre a decolagem. Missão cumprida, deu até para esticar um pouco o vôo jogando para trás da decolagem antes de ir pousar com a galera. Pouso perfeito com todos os amigos por ali. Agora é comemorar e aguardar o Joca que pousou em Piracicaba, levou o Cesar Arede pé quente de volta pra casa em São Pedro e ainda iria resgatar o Gaucho que havia pousado em Hortolândia. O planeio final foi incrível e não me sai da cabeça: 49,41 km de distância, Ld de 23,14/1 a 89km/h com afundamento de 1,1m/s. 189 km voados.
Obrigado a toda equipe que participou de mais esta aventura, ao Amarildo e a galera que estava em Torrinha que nos recebeu muito bem dando todo apoio e altas dicas do vôo.

Marcelo Ferro
Moyes Litespeed RS 4

Roberto Cantuzio - Relatos de voos de XC

Era Outubro de 1995, durante o período Jurássico, numa boa temporada de vôos em finais de semana (nossa equipe somente ia bem nas temporadas que coincidiam dias bons de vôos nos weekends) do nosso torneio de X-Country (Androids vs. St.Peter Hawks) por equipes.
Outubro, costuma ser o melhor mês para vôo no estado de São Paulo, a maioria dos meus melhores XC, foram nesse mês. Setembro é mais seco, mas os dias ainda não são tão longos, e Novembro já começa ser muito úmido, com chuvas e núvens mais baixas.
Parece incrível, mas foi um dos vôos de XC mais fáceis que já fiz, e por isso que arrependo-me de não ter ido mais longe. Duas semanas antes havia pousado em Jarinu (170Km), também vindo de Torrinha, e uma semana antes em Novo Horizonte, saindo de S.Pedro-rampa Leste(181km).
Primeiramente, as térmicas estavam fortes e grandes(dos tipos que "não se vê apenas, folhas de cana voando ao nosso lado, mas os carrinhos de garapa também, hé, hé, hé..."), e o vento era bem mais forte nas camadas mais altas. Lembro-me que com apenas 5 termais( e uma hora e meia de vôo) já estava na Serra da Cantareira entre São Paulo e Mairiporã, sobre o túnel da Fernão Dias, com 3.800 m acima do nível do
mar, comemorando o novo récorde Paulista, que era do nosso falecido amigo Wellington(185km), batido um ano antes, quando pousou em Jundiaí. Aí pintou aquela dúvida, jogar
duro com os Boeings e seguir na base da cloud street sobre Sampa, ou tocar para Atibaia num través de quase 90 graus e ainda por cima com a Pedra Grande já sombreada. O medo de provocar um acidente de grandes proporções falou mais alto.
Se eu tivesse uns dez anos a menos certamente não pensaria duas vezes. Já havia sobrevoado a praça da Sé, o Playcenter, já tinha pousado em terrenos baldios na Zona Leste e Norte dentro de S.Paulo, em Sto. André, Guarulhos, etc., que certamente teria corrido o risco(idiota!). Lembro-me que fiquei morrendo de inveja, quando o Formiga pousou dentro do Parque do Ibirapuera, e a Marina Bandeira(hoje, Amyr Klink),
que eu namorava, e que morava e estava ali perto, ainda por cima, fez o resgate dele! Acho essa a maior loucura que já vi alguém fazer no "vôo livre", e se dar bem! O Rich Pfeiffer, pousou no Rose Bowl(equivalente ao Maracanã)dentro de Los Angeles, na final do super-liga de futebol americano, parou o jogo e foi preso, mas eu não estava lá, e Los Angeles praticamente só tem prédios no centro. Já o Formiga "quase pegou uma cueca nova no varal do apto dele sobre o túnel da Nove de Julho", é mole!?!
Voltando ao meu vôo, acabei optando por seguir para Atibaia, peguei uma sombra gigante de stratus e cheguei abaixo da Pedra. O Roger e o Marquinhos da Dust Devil, estavam formando uns alunos e não acreditaram quando me viram, principalmente pelo fato de eu estar vindo no sentido de Mairiporã. Ganhei no lift e fiquei ali, mais que o tempo que havia levado para chegar de Torrinha até ali(2horas), esperando as condições melhorarem. O Máximo que consegui, foi ganhar 400m acima da Pedra e tocar de caudal até um sítio em Nazaré Paulista(198,4 km), novo récorde Paulista, que durou pouco mais de um ano.
Se eu tivesse simplesmente continuado na base da cloud street, com a altura que eu estava, no horário que eu estava, na direção do vento, se não batesse em nenhum avião
certamente teria pousado na praia. Esse é o vôo que ainda quero ver alguém fazer, Torrinha - Praia, se possível Caraguatatuba.
Abraço a todos.
Eu aindo volto!
Kents

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

VOO INÉDITO

Defendendo o título do ano passado, o piloto de São Paulo Marcelo Ferro, fez um belo voo no domingo dia 26/10.
Mesmo com a condição não colaborando tanto aos finais de semana, segue uma prova que não precisa de condição mega para se fazer bons voos.
-"O dia amanheceu leitoso e a paciência foi a chave... Agora só faltam 3 voos", disse o piloto, bastante animado.
A cidade escolhida para a decolagem foi Torrinha/SP, com GOAL declarado em Atibaia.
Com esse voo, Marcelo salta para a terceira colocação bem perto do piloto de Poços, seu chará, Marcelo Biguá, que segue na frente com vantagem de 10 pontos.
Ronaldão também investiu no voo, decolando de Andradas no dia 25/10 fez mais de 80 km e com isso substituiu um voo de 60 km e marcou mais alguns pontos. Ele decolou cedo e estava bem adiantado no voo, com a tarde toda de voo pela frente, porém uma decisão errada, saindo de Socorro o colocou no chão cedo. Coisas do voo livre...
Voo do Ronaldão -> clique aqui
Voo do Marcelo -> clique aqui

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Campeonato Brasileiro com XC!

No dia 13/10 os pilotos inscritos no XCampeonato, que participaram do Brasileiro, tiveram a oportunidade de pontuar no XCampeonato Paulista 2008. A condição estava favorável e a decisão dos pilotos foi unânime, voo de XC com GOAL declarado no pilão mais distânte dos waypoints do Campeonato Brasileiro (AEROPORTO DE CASA BRANCA).
Infelismente os pilotos teriam que voltar no final da tarde para Carmo, então ao completar a prova pousaram... porque a condição ainda prometia algo em torno de uma hora de vôo. Confira os tracks e acompanhe os resultados atualizados abaixo:
Voo do Ferro -> clique aqui
Voo do Indiana -> clique aqui